Pelo menos 13 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta terça-feira (14) em Katmandu, após confrontos entre manifestantes e forças de segurança durante atos contra o bloqueio de plataformas como Facebook, X (antigo Twitter) e YouTube no Nepal.
Convocados por jovens que se autodenominam “Geração Z”, milhares de manifestantes se reuniram nas proximidades do prédio do Parlamento para protestar contra a decisão do governo de suspender o acesso a 26 redes sociais que não se registraram junto ao Ministério da Comunicação e Tecnologia da Informação.
Segundo o ministro da Comunicação, Prithvi Subba, a polícia recorreu a canhões de água, cassetetes e balas de borracha para dispersar a multidão. O porta-voz da polícia, Shekhar Khanal, informou à agência AFP que gás lacrimogêneo também foi usado depois que alguns manifestantes escalaram o muro de uma área restrita próxima ao Legislativo.
Cartazes com frases como “chega de corrupção” e “basta” foram erguidos pelos participantes, que acusam o governo de adotar postura autoritária. Um porta-voz do distrito de Katmandu anunciou toque de recolher nos arredores do Parlamento após tentativas de invasão.
A ordem de bloqueio foi emitida na semana passada, depois que as plataformas não cumpriram o prazo para registro obrigatório exigido pelo governo. Desde então, usuários relatam dificuldades de acesso e recorrem a VPNs para contornar a restrição. Duas redes já voltaram a funcionar após concluírem o cadastro exigido.

Imagem: Internet
O governo nepalês afirma que não pretende banir as redes sociais, mas regulamentá-las para combater notícias falsas, discursos de ódio e fraudes online. Mesmo assim, aplicativos como Instagram, com milhões de usuários no país, permanecem inacessíveis para grande parte da população.
Com informações de BBC News