Cabo rompido provocou queda de bondinho em Lisboa, apontam peritos

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Investigadores do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Transportes Terrestres (GPIAAF) confirmaram que o cabo que unia as duas cabines do histórico funicular da Glória, em Lisboa, se partiu antes do acidente ocorrido na quarta-feira (10). O rompimento fez com que a cabine superior descêsse descontrolada pela ladeira, descarrilasse e colidisse com um prédio.

Segundo comunicado de sete páginas divulgado nesta quinta (11), todos os demais sistemas da via estavam “em condições normais de funcionamento”. O funicular, em operação há 140 anos, é um dos principais meios de acesso aos bairros altos da capital portuguesa e atração turística conhecida pelos tradicionais veículos amarelos.

Travagem não foi suficiente

Quando percebeu a falha, o maquinista acionou os freios pneumáticos de emergência e um freio manual. Os peritos ainda analisam se um terceiro dispositivo, automático, chegou a funcionar. Mesmo com as tentativas, a cabine atingiu o edifício a cerca de 60 km/h.

Vítimas

O desastre deixou 16 mortos e cerca de 20 feridos. Entre os óbitos, a Polícia de Segurança Pública identificou cinco portugueses, três britânicos, dois sul-coreanos, dois canadenses, um norte-americano, um ucraniano, um suíço e um francês. Seis feridos continuam em unidades de terapia intensiva; outros três sofreram lesões leves.

Vida útil do cabo

O cabo rompido tinha 337 dias de uso, dentro de uma expectativa de funcionamento de 600 dias, salientou o GPIAAF. A investigação ainda não determinou quantas vítimas estavam dentro da cabine — que comporta até 40 passageiros — e quantas se encontravam na rua no momento do impacto.

Cabo rompido provocou queda de bondinho em Lisboa, apontam peritos - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

O órgão de segurança destacou que, embora as primeiras conclusões apontem para o rompimento do cabo como evento inicial, não há “conclusões válidas” sobre a causa raiz. Um relatório preliminar mais detalhado deverá ser divulgado em até 45 dias.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, classificou o episódio como “uma das maiores tragédias do nosso passado recente”.

Com informações de BBC News

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