Travis Scott voltou a se apresentar no Brasil na madrugada deste domingo (data conforme publicação original), desta vez no festival The Town, em São Paulo. Diferentemente da passagem polêmica pelo Rock in Rio, em 2024, quando atrasou cerca de 40 minutos e criticou a organização, o rapper subiu ao palco pontualmente e manteve boa relação com a produtora Rock World, responsável pelos dois eventos.
Em pouco mais de 60 minutos, o artista desfilou 25 faixas. O formato enxuto — cada canção com cerca de dois minutos, limitado a poucas estrofes e ao refrão — garantiu ritmo acelerado ao show, embora tenha evidenciado sinais de desgaste da fórmula que o consagrou no trap de arena.
Hits como “Fe!n” foram repetidos três vezes, número inferior ao de outras apresentações de grande porte do norte-americano. Já “Sicko Mode”, “Highest in the Room” e “Goosebumps” provocaram rodas de mosh e o acendimento de sinalizadores vermelhos, elementos recorrentes nos concertos do artista.
O repertório incluiu ainda “Kick Out”, da mixtape recente “Jackboys 2”, mas a novidade não empolgou o público na mesma medida dos sucessos consolidados. A década de carreira e o impacto de três álbuns de estúdio mantêm Scott no topo das tendências do hip-hop, inclusive na moda, refletida nos óculos estilo “Travis Scott” usados por muitos fãs.
A apresentação foi prejudicada por falhas na distribuição do som, que não alcançou toda a extensão da pista, problema determinante em um show marcado por bases eletrônicas robustas.

Imagem: Internet
O encerramento aconteceu pouco depois da meia-noite, seguido por um show de fogos. Parte da plateia permaneceu aguardando um possível bis quando um boneco de dragão de aproximadamente 15 metros surgiu diante do telão ao som de uma trilha clássica remixada. A figura, na verdade, marcava a abertura do palco The Tower, e o rapper não retornou.
Com informações de Folha de S.Paulo