Pelo menos duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas em um ataque russo com drones ocorrido na madrugada deste domingo (3) em Kyiv, capital da Ucrânia, segundo a administração militar local.
De acordo com Tymur Tkachenko, chefe da administração militar da cidade, um bebê de um ano foi retirado sem vida dos escombros. Uma jovem também está entre as vítimas fatais.
O bombardeio atingiu prédios residenciais de vários andares nos distritos de Svyatoshynkyi (oeste) e Darnytskyi (sudeste), que continuaram em chamas após impactos diretos. Tkachenko acusou Moscou de “atingir deliberadamente instalações civis” e recomendou que os moradores permaneçam em abrigos.
Explosões foram registradas em diferentes pontos da capital, incluindo pelo menos uma na região central. Além dos drones, autoridades relataram o lançamento de mísseis de cruzeiro contra a cidade.
Pouco depois, o prefeito de Kyiv, Vitaliy Klitschko, informou que um edifício governamental pegou fogo no distrito central de Pecherskyi, provavelmente após a queda de um drone abatido. Equipes de bombeiros trabalham no local.
Na mesma noite, Kryvyi Rih — cidade natal do presidente Volodymyr Zelensky, no centro do país — também foi alvo de ataques, com três instalações de infraestrutura danificadas. Sirenes de ataque aéreo soaram em todas as regiões ucranianas.
Moscou não comentou os relatos de bombardeios em território ucraniano. Já o Ministério da Defesa russo afirmou ter abatido ou interceptado 69 drones ucranianos em várias regiões da Rússia.

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O novo ataque ocorre enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, intensifica advertências ao Ocidente para que não forneça apoio militar à Ucrânia. No início da semana, ele rejeitou a proposta de criação de uma “força de garantia” ocidental para entrar em ação no dia seguinte a um eventual cessar-fogo, tema discutido em cúpula realizada em Paris.
O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que 26 países aliados de Kyiv concordaram em enviar tropas por terra, mar ou ar para assegurar a Ucrânia tão logo os combates cessem, mas não detalhou a iniciativa. Putin reagiu classificando qualquer força estrangeira em solo ucraniano como “alvo legítimo”.
A Rússia invadiu o país vizinho em fevereiro de 2022 e, atualmente, controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada em 2014.
Com informações de BBC News