As forças armadas de Israel demoliram três edifícios residenciais altos na Cidade de Gaza entre sexta-feira (05/09) e domingo (07/09), dentro da estratégia de avançar sobre a área considerada o principal bastião do Hamas.
No domingo (07/09), o exército israelense derrubou o prédio Al-Ru’ya após ordenar a evacuação. Segundo militares israelenses, o edifício era usado pelo Hamas para monitorar a movimentação das tropas.
No dia anterior, caças destruíram um prédio de 15 andares. Imagens da explosão foram divulgadas pelo ministro da Defesa de Israel em redes sociais. Um hospital local informou a morte de uma pessoa nesse ataque.
Entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, bombardeios aéreos deixaram 14 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde em Gaza. Um dos alvos foi uma escola no sul da cidade que abrigava palestinos deslocados; alertas de evacuação teriam sido emitidos poucos minutos antes.
Na sexta-feira (05/09), o segundo edifício mais alto da Faixa de Gaza ruiu após ser atingido por mísseis israelenses.
Fuga em massa e alerta humanitário
As ordens de retirada aceleraram o deslocamento de moradores da Cidade de Gaza para campos superlotados no centro do enclave, onde faltam água, comida e abrigo. A ONU e organizações parceiras advertiram que a combinação de ofensiva ampliada, restrições à entrada de suprimentos e inspeções de segurança eleva o risco de fome generalizada em todo o território.
Pressão interna em Israel
Os bombardeios ocorrem enquanto famílias de reféns capturados em 7 de outubro de 2023 exigem um acordo que encerre a guerra e garanta o retorno dos sequestrados. Pesquisas sinalizam queda no apoio da população israelense à continuidade do conflito, que já provocou mais de 60 mil mortes palestinas, segundo autoridades locais.
Israel insiste que o Hamas entregue todas as pessoas mantidas em cativeiro e se desarme. O grupo islâmico, por sua vez, condiciona qualquer acerto a um cessar-fogo permanente e à retirada das tropas israelenses dos territórios palestinos.
“Último aviso” de Washington
Aliado próximo de Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no domingo que emitiu um “último aviso” ao Hamas para que aceite um acordo de libertação dos reféns. “Os israelenses aceitaram meus termos. É hora de o Hamas aceitar também”, escreveu o mandatário em suas redes sociais, sem detalhar quais seriam as consequências em caso de recusa.
Com informações de Deutsche Welle