O grupo norte-americano Bad Religion comandou o palco Skyline do festival The Town, em São Paulo, na noite de domingo, 7 de setembro, Dia da Independência. Escalado de última hora para ocupar a vaga deixada pelos Sex Pistols, o quarteto californiano apresentou um repertório que cruzou quatro décadas de carreira e manteve a plateia em alta rotação do início ao fim.
Antes de iniciar “You Are (the Government)”, o vocalista Greg Graffin saudou o público: “Hoje é Dia da Independência, e vocês são o governo”. A declaração abriu caminho para uma sequência de cerca de 20 músicas, executadas sem pausas prolongadas e com a sonoridade direta que marcou o hardcore da Costa Oeste dos Estados Unidos.
Energia contínua e roda punk
A apresentação ganhou força em “I Want to Conquer the World”, faixa de 1989 que desencadeou uma roda punk no centro da pista. Entre sinalizadores vermelhos, parte da plateia entoou o coro “Ei, Bolsonaro, vai tomar no cu”.
Clássicos como “Do What You Want” e “21st Century (Digital Boy)” apareceram em versões enxutas, sem solos ou firulas. O baterista Jamie Miller destacou-se ao alternar velocidade e criatividade em faixas como “New Dark Ages” e “Infected”. Já “Anesthesia” e “Generator” mostraram o lado mais complexo das composições do grupo.
Homenagem e encerramento
Perto do fim, Graffin citou os Sex Pistols antes de puxar o canto coletivo em “Sorrow”. O set ainda passou por “You”, lembrada por integrar a trilha do game Tony Hawk’s Pro Skater, e terminou com “American Jesus”, maior sucesso da banda.

Imagem: Internet
Veterano no Brasil — são ao menos dez turnês no país nas últimas três décadas —, o Bad Religion entregou pouco mais de uma hora de hardcore punk a um público majoritariamente fã de pop punk, em uma noite que tinha o Green Day como atração principal.
Com informações de Folha de S.Paulo