Morte de Charlie Kirk escancara tensão e violência na política dos EUA

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O ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, foi morto a tiros na quarta-feira (data não informada), enquanto falava para centenas de estudantes em um campus universitário de Utah, nos Estados Unidos. O disparo, que atingiu o pescoço de Kirk, provocou pânico imediato: alunos que participavam do debate correram para se proteger assim que o barulho do tiro ecoou.

Câmeras que registravam o evento captaram o momento do ataque. Kirk participava de uma sessão de perguntas e respostas sob uma tenda com a frase “prove me wrong” (“prove que estou errado”), marca de suas apresentações em faculdades. O público era composto por apoiadores e opositores.

Conhecido por defender o direito ao porte de armas, criticar políticas voltadas à população trans e apoiar abertamente o ex-presidente Donald Trump, Kirk dirigia a organização Turning Point US, que trabalhou para ampliar a participação de eleitores conservadores na última eleição presidencial.

Sequência de ataques políticos

O assassinato ocorre em meio a uma série de episódios recentes de violência motivada por questões políticas nos EUA. No início do ano, dois deputados estaduais democratas foram baleados em Minnesota, um deles fatalmente. Em 2023, Donald Trump enfrentou duas tentativas de assassinato, incluindo um ataque a tiros em Butler, Pensilvânia. Dois anos antes, um agressor invadiu a casa da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, armado com um martelo. Já em 2017, parlamentares republicanos foram alvo de tiros durante um treino de beisebol na Virgínia.

Reação de líderes políticos

Em pronunciamento publicado na rede Truth Social, Trump classificou o homicídio como “um momento sombrio para a América” e atribuiu a responsabilidade ao que chamou de “esquerda radical”. O ex-presidente prometeu identificar “cada um dos responsáveis por este e outros atos de violência política”.

No X (antigo Twitter), o ativista conservador Christopher Rufo pediu que autoridades “infiltrassem, desarticulassem, prendessem e encarcerassem” envolvidos em ações semelhantes, “dentro dos limites da lei”.

Morte de Charlie Kirk escancara tensão e violência na política dos EUA - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

Parlamentares democratas e republicanos condenaram o ataque e apelaram por moderação no discurso público. Ainda assim, uma sessão de silêncio em homenagem a Kirk, realizada na Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira, terminou em discussão acalorada entre legisladores.

Luto e incerteza em Utah

O governador de Utah, Spencer Cox, emocionou-se ao falar sobre o crime durante entrevista coletiva. Ele, que costuma criticar a retórica política exacerbada, descreveu o país como “quebrado” às vésperas do 250º aniversário de sua independência. “É isso? Foi para isso que chegamos após 250 anos?”, questionou, acrescentando que espera um futuro diferente.

Enquanto autoridades investigam o caso e tentam entender a motivação do atirador, a morte de Charlie Kirk aprofunda o debate sobre a escalada de violência e o clima de hostilidade na arena política norte-americana.

Com informações de BBC

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