OpenAI obtém aval da Microsoft para transformar braço lucrativo em empresa de benefício público

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A OpenAI firmou um memorando de entendimentos não vinculante com a Microsoft, seu maior investidor, para converter a divisão voltada ao lucro em uma public benefit corporation (PBC), informou a startup na quinta-feira, 11 de setembro de 2025.

Se aprovado pelos órgãos reguladores estaduais, o novo formato permitirá à empresa captar recursos adicionais e, no futuro, abrir capital. A entidade sem fins lucrativos que controla a OpenAI permanecerá ativa e conservará o comando das operações, recebendo ainda uma participação avaliada em mais de US$ 100 bilhões na futura PBC.

Em comunicado conjunto, as companhias afirmaram ter assinado um MOU que define intenções e expectativas, mas sem força jurídica definitiva. “Estamos trabalhando ativamente para concluir os termos contratuais em um acordo final”, diz a nota.

Negociações prolongadas

O acerto encerra meses de discussões sobre a reestruturação. Pelo contrato atual, a Microsoft tem acesso preferencial às tecnologias da OpenAI e é a principal fornecedora de nuvem da companhia. Com o crescimento do ChatGPT desde o primeiro aporte da gigante de Redmond em 2019, a OpenAI passou a buscar condições mais flexíveis.

Bret Taylor, presidente do conselho da OpenAI, afirmou que as partes dialogam com as procuradorias-gerais da Califórnia e de Delaware para obter aval regulatório. Os dois escritórios não responderam imediatamente ao pedido de comentário do TechCrunch.

Tensões recentes

Segundo o Wall Street Journal, as tratativas ficaram tensas quando a Microsoft manifestou interesse na tecnologia da Windsurf, startup de IA que a OpenAI tentou adquirir. A negociação fracassou; os fundadores da Windsurf foram contratados pelo Google e o restante da equipe, pela Cognition.

OpenAI obtém aval da Microsoft para transformar braço lucrativo em empresa de benefício público - Imagem do artigo original

Imagem: Getty

A transição também figura no processo movido por Elon Musk contra a OpenAI, que acusa a organização de abandonar sua missão original sem fins lucrativos. O empresário chegou a apresentar uma oferta não solicitada de US$ 97 bilhões pela companhia, rejeitada pelo conselho. O percentual que a entidade sem fins lucrativos deterá na PBC, segundo o novo acordo, supera o valor proposto por Musk.

O caso ainda depende de aprovações regulatórias e da assinatura do contrato definitivo.

Com informações de TechCrunch

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