NOVA YORK, 12 de setembro de 2025 – A Via, empresa de software para mobilidade sob demanda, enfrentou uma abertura morna em sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York, mas terminou o pregão em alta leve em relação ao preço inicial de sua oferta pública inicial (IPO).
Os papéis foram precificados a US$ 46 na noite de quinta-feira, resultando em uma captação de US$ 492,9 milhões. Na primeira negociação desta sexta-feira, as ações recuaram para US$ 44, mas se recuperaram ao longo da tarde e fecharam pouco acima de US$ 49, avaliando a companhia em cerca de US$ 3,9 bilhões.
Captação e estrutura da oferta
Do total arrecadado, aproximadamente US$ 328 milhões entraram no caixa da Via. Já acionistas atuais se desfizeram de fatia equivalente a US$ 164 milhões, elevando o volume financeiro do negócio para quase US$ 493 milhões.
Planos após a abertura de capital
“Estamos extremamente satisfeitos com o resultado do IPO, que comprova o valor e a resiliência da empresa”, afirmou o cofundador e diretor-executivo Daniel Ramot. Segundo ele, os recursos serão destinados a expansão, vendas e marketing, além de possíveis aquisições futuras. “Podemos aproveitar tanto o caixa quanto a moeda das ações para compras estratégicas, como fizemos com a Remix e a CityMapper.”
A Via iniciou suas operações em 2012 com vans compartilhadas sob a própria marca. Hoje, a companhia licencia sua tecnologia de roteamento dinâmico a 689 cidades e agências de transporte, voltada principalmente a serviços de micro-ônibus e paratransporte.

Imagem: Internet
Desempenho financeiro
A receita da empresa cresce cerca de 30% ao ano. A projeção é fechar 2025 com faturamento aproximado de US$ 429 milhões, cálculo que multiplica por quatro a receita registrada em um trimestre típico. Nos primeiros seis meses deste ano, a Via somou US$ 205,7 milhões em receita e prejuízo de US$ 37,5 milhões, redução em relação à perda de US$ 50,4 milhões vista no mesmo período de 2024.
Ramot afirmou que a empresa está “próxima da lucratividade”, mas não detalhou prazos. Ele defendeu que o desempenho demonstra o potencial financeiro de contratos com o setor público. “A maioria das empresas de tecnologia que abre capital não foca em ajudar governos locais”, disse, ressaltando que o serviço beneficia principalmente pessoas de baixa renda, estudantes e usuários com deficiência.
Com informações de TechCrunch