Brasília, 18 de setembro de 2025 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (17) que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deixe de participar da escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em qualquer deslocamento.
Segundo o despacho, toda a logística de transporte e a proteção de Bolsonaro passam a ser responsabilidade exclusiva da Polícia Federal ou da Polícia Penal do Distrito Federal, “conforme a necessidade da situação”. Os agentes do GSI permanecerão apenas na segurança dos familiares do ex-chefe do Executivo.
Moraes afirmou que a medida busca “garantir a ordem pública” e evitar episódios como o registrado no domingo (14), quando Bolsonaro deixou o Hospital DF Star, em Brasília. Na ocasião, o ex-mandatário ficou cerca de cinco minutos em pé na porta da unidade, acompanhado por apoiadores, antes de entrar no veículo que o levaria para casa.
O ministro havia exigido explicações da Polícia Penal sobre a demora. Em resposta, o órgão informou que Bolsonaro permaneceu no local para acompanhar a entrevista do médico Cláudio Birolini e que, diante da aglomeração de simpatizantes, os agentes optaram por não intervir.
No despacho, Moraes ressaltou que o embarque e desembarque no domingo ocorreram “em local errado, ao ar livre e diante de várias pessoas”, reforçando a necessidade de padronizar procedimentos.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto. Para Moraes, o atual regime de custódia, somado à atuação da Polícia Federal e da Polícia Penal, torna dispensável a participação do GSI em deslocamentos.

Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom
Em nota enviada à CNN Brasil, o GSI declarou que não realiza segurança de ex-presidentes. O órgão informou que os servidores designados para Bolsonaro não estão subordinados ao gabinete, embora recebam capacitação prevista em portaria interna.
Em 11 de setembro, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Outros sete integrantes do chamado “núcleo crucial” também foram condenados.
Palavras-chave: Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro, GSI, Polícia Federal, Polícia Penal, escolta, STF, prisão domiciliar, DF Star, condenação
Com informações de Gazeta do Povo