O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu ficar no Brasil e não integrará a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (19).
Haddad justificou a ausência pela possibilidade de a Câmara dos Deputados votar, na próxima semana, o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. “Eu vou permanecer no Brasil em virtude dessa possibilidade”, afirmou o ministro, destacando que líderes partidários podem deliberar sobre a inclusão da matéria na pauta do plenário.
A Câmara já aprovou, em agosto, requerimento de urgência que acelera a tramitação da proposta. Caso o texto seja colocado em votação, Haddad pretende acompanhar de perto as negociações.
O ministro recebeu visto de entrada nos Estados Unidos no início do mês, após tensões diplomáticas criadas pelo aumento de tarifas impostas ao Brasil pelo presidente norte-americano, Donald Trump. No ano passado, Haddad esteve em Nova York para reuniões com agências de classificação de risco.
Haddad é o segundo integrante do governo a cancelar a viagem. Mais cedo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de participar do evento por conta de restrições impostas pelas autoridades norte-americanas, que limitariam seus deslocamentos na cidade a uma área de cinco quarteirões entre o hotel, a sede da ONU e representações brasileiras. Segundo Padilha, a limitação inviabilizaria compromissos na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e reuniões bilaterais fora do perímetro definido.

Imagem: Camila Abrão
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Com informações de Gazeta do Povo