O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou a indicação do Partido Liberal (PL) para que Eduardo Bolsonaro assumisse a liderança da minoria. A decisão, tomada em 23 de setembro de 2025, coloca o deputado sob risco de perder o mandato por excesso de faltas.
De acordo com parecer utilizado por Motta, a presença física dos parlamentares continua obrigatória, mesmo com a possibilidade de registro de participação por meios eletrônicos, que deve ser apenas excepcional. O regimento interno permite, no máximo, um terço de ausências não justificadas.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro e buscava a liderança da minoria para exercer o mandato remotamente, estratégia que, segundo o regimento, impediria a cassação de líderes partidários. Com o veto, o deputado pode ter de responder pelo acúmulo de faltas.
Denúncia da PGR no STF
Na segunda-feira (22), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra Eduardo Bolsonaro e o comentarista Paulo Figueiredo por suposta coação em processo judicial. Segundo a acusação, ambos teriam articulado, a partir dos EUA, ações para interferir em procedimentos legais que beneficiariam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o próprio Figueiredo.
Após a imposição das sanções da lei Magnitsky à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Bolsonaro afirmou na rede X que “o único remédio possível é a anistia”.

Imagem: Eduardo Borges
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Com informações de Gazeta do Povo