Washington (EUA) – Um juiz federal rejeitou o pedido da fabricante de drones DJI para ser retirada da relação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD) que classifica companhias associadas ao setor militar da China.
A decisão foi proferida na sexta-feira pelo juiz Paul Friedman, da Corte Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia. Segundo o magistrado, o órgão de defesa apresentou “evidências substanciais” de que a tecnologia da empresa contribui para a base industrial militar chinesa.
Friedman mencionou, entre os argumentos, o uso de drones DJI adaptados no conflito entre Rússia e Ucrânia. “Não importa se as políticas internas da DJI proíbem fins militares; o fato é que seus equipamentos têm aplicação militar teórica e prática”, escreveu.
Embora tenha mantido a classificação, o juiz descartou parte das justificativas adicionais apresentadas pelo Pentágono. Ainda assim, a fabricante permanece na lista, onde foi incluída em 2022, após medidas semelhantes dos Departamentos de Comércio e do Tesouro.
A ação movida pela companhia, protocolada no ano passado, afirmava que a DJI não é controlada ou pertencente às forças armadas chinesas e alegava prejuízos financeiros e de imagem decorrentes da inclusão no rol do DoD.
Procurada, a empresa informou à agência Reuters que avalia quais recursos legais poderá adotar. A DJI ressaltou que a decisão de Friedman baseia-se em um único argumento que, na visão da companhia, poderia se aplicar a diversas outras empresas nunca listadas.
Nos Estados Unidos, a DJI enfrenta ainda a possibilidade de proibição de vendas a partir de dezembro, caso autoridades de segurança nacional concluam que seus drones representam risco inaceitável ao país.
Com informações de TechCrunch
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