Washington (29.set.2025) — O Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos distribuiu uma lista de palavras proibidas a servidores da Office of Energy Efficiency and Renewable Energy (EERE), braço responsável por eficiência energética e fontes renováveis.
Segundo e-mail enviado na sexta-feira pela assessora especial Rachael Overbey, cada integrante da equipe deve evitar os termos: “climate change”, “green”, “decarbonization”, “energy transition”, “sustainability”, “sustainable”, “subsidies”, “tax breaks”, “tax credits”, “carbon footprint” e “emissions”.
O memorando aponta que a orientação partiu de um nomeado pelo presidente Donald Trump. A palavra “emissions” foi incluída por supostamente transmitir conotação negativa, embora a Suprema Corte tenha decidido em 2007 que gases de efeito estufa podem ser regulados como poluentes atmosféricos.
Criada no fim da década de 1970, após a crise do petróleo de 1973, a EERE surgiu para fomentar eficiência energética e fontes renováveis e, assim, reduzir choques de preços em commodities como petróleo e gás. A gestão Trump, no entanto, tem priorizado a expansão desses combustíveis fósseis.
Em pronunciamentos oficiais, a Casa Branca vem chamando iniciativas de transição energética de “golpe da energia verde”. Na semana passada, discursando na ONU, Trump criticou países que investem em solar, eólica e baterias, afirmando: “Seu país vai fracassar”.

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Apesar da retórica, investimentos globais em energias renováveis atingiram recorde no primeiro semestre de 2025, chegando a US$ 386 bilhões — alta de 10% em relação ao ano anterior, impulsionados por projetos de eólica offshore e pequenos sistemas solares, segundo a BloombergNEF.
Palavras-chave: Departamento de Energia, Trump, vocabulário proibido, mudanças climáticas, energia verde, EERE, Estados Unidos, políticas públicas
Com informações de TechCrunch