Amin diz que Moraes desprezou relatório da PF que sugere voto impresso para auditoria

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Brasília — O senador Espiridião Amin (PP-SC) afirmou nesta terça-feira (9) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desconsiderou um parecer da Polícia Federal produzido em 2018 que recomenda a adoção do voto impresso com finalidade de auditoria.

Segundo o parlamentar, o documento foi elaborado por três peritos criminais federais a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), então presidido pela ministra Rosa Weber. O texto indica que “todos os esforços” deveriam ser envidados para que existisse impressão do voto, permitindo conferência posterior.

Amin contestou declaração feita por Moraes durante a leitura do voto no julgamento que analisa a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro. No plenário da Primeira Turma do STF, Moraes disse que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres baseou-se num parecer solicitado pelo próprio Amin para questionar a segurança das urnas eletrônicas durante uma live em 29 de julho de 2021. O ministro ressaltou que o material não seria um laudo pericial, mas apenas recomendação.

“O ministro Alexandre de Moraes faltou com a verdade de novo. Ele afirmou taxativamente que não existe relatório da Polícia Federal sobre a necessidade de impressão do voto. Esse documento existe, é oficial e foi requisitado pelo TSE, não por mim”, declarou o senador a jornalistas no Senado.

Para comprovar, Amin exibiu o estudo impresso, datado de 2 de outubro de 2018. O pedido do TSE ocorreu quatro meses depois de decisão liminar do STF que suspendeu dispositivo da Lei 13.165/2015, o qual previa a impressão do voto.

Amin diz que Moraes desprezou relatório da PF que sugere voto impresso para auditoria - Imagem do artigo original

Imagem: Luis Kawaguti

O parlamentar acrescentou que já havia mencionado a existência do parecer quando prestou depoimento no inquérito que apura a atuação de Anderson Torres. “Tudo que contraria a narrativa é descartado”, disse, criticando o que chamou de tentativa de atribuir a ele a responsabilidade pelo documento.

Até o fim da tarde, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes não havia se pronunciado sobre as declarações do senador.

Com informações de Gazeta do Povo

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