A espessura reduzida do iPhone Air chama a atenção, mas o salto tecnológico mais importante está na bateria, segundo Gene Berdichevsky, cofundador e CEO da fabricante de materiais para baterias Sila. Para o executivo, o novo componente representa “uma peça revolucionária de tecnologia de bateria”.
O aparelho utiliza um formato inédito que a Apple registrou como metal can battery. Trata-se de uma célula envolta por um casco metálico rígido, diferente das tradicionais pouch cells, feitas de plástico maleável. A estrutura reforçada elimina pontos de tensão e permite que a bateria assuma praticamente qualquer forma bidimensional.
Maior aproveitamento do espaço interno
Ao acomodar a bateria nas áreas livres após a instalação das placas de circuito, a Apple consegue estender o componente até muito perto das bordas do telefone, aumentando a capacidade energética sem comprometer o design fino do dispositivo.
Potencial para outros eletrônicos
Berdichevsky acredita que o setor de smartphones deve adotar o novo formato, mesmo com o custo adicional, graças ao ganho de energia armazenada. Ele também vê vantagens claras para aparelhos menores, como óculos de realidade aumentada e virtual, que exigem baterias moldadas em geometrias incomuns.
Caminho para anodos de silício
O executivo observa que a complexidade do projeto explica por que a Apple ainda não substituiu o anodo de carbono por versões ricas em silício, capazes de armazenar até 50% mais energia. Entretanto, a rigidez do casco metálico pode facilitar essa transição em breve, já que ajuda a conter a dilatação natural do material.
“Isso nos permite forçar um pouco mais os limites de desempenho”, resumiu Berdichevsky, apontando o avanço como “bastante revolucionário”.
Com informações de TechCrunch
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