Autoridades dinamarquesas confirmaram que drones foram vistos na noite de sexta-feira (19) sobre a base aérea de Karup, a maior instalação militar do país, e em outros locais não especificados. O sobrevoo começou por volta das 20h15 (18h15 GMT) e se estendeu por várias horas, segundo o oficial de plantão Simon Skelsjaer, ouvido pela agência AFP.
Durante a ocorrência, o espaço aéreo civil sobre Karup foi fechado de forma preventiva, mas não houve impacto em voos comerciais, pois nenhuma decolagem ou aterrissagem estava programada no horário. A polícia informou que não conseguiu derrubar os aparelhos e, por isso, ainda não sabe de onde eles partiram. O caso é investigado em conjunto com as Forças Armadas da Dinamarca.
O Ministério da Defesa confirmou avistamentos de drones “em diversas instalações militares”, sem detalhar quais. A imprensa estatal dinamarquesa também não divulgou os nomes das demais bases. Cerca de 3,5 mil pessoas trabalham em Karup, onde estão todos os helicópteros das Forças Armadas, o centro de vigilância do espaço aéreo e parte do Comando de Defesa.
Incidentes se multiplicam na região
Os novos relatos ocorrem após uma série de incursões semelhantes que, nesta semana, já haviam interrompido operações civis em aeroportos dinamarqueses:
- Segunda-feira (15): o aeroporto de Copenhague ficou fechado por várias horas após múltiplos drones serem observados.
- Quarta-feira (17): Aalborg e Billund suspenderam atividades devido a drones; três aeroportos menores também relataram aparelhos, mas continuaram operando.
Fora da Dinamarca, avistamentos foram reportados na sexta-feira (19) em Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha; na base aérea de Ørland, na Noruega; e no aeroporto de Vilnius, na Lituânia.
Suspeitas e negações sobre envolvimento russo
Na quinta-feira (18), autoridades dinamarquesas classificaram as sobrevoações como um possível “ataque híbrido” — combinação de táticas militares e não militares para afetar infraestrutura crítica. Elas ressaltaram, porém, não haver provas de participação russa. A embaixada da Rússia em Copenhague rejeitou “especulações absurdas” e qualificou os episódios como “provocações encenadas”.

Imagem: Internet
A ministra da Defesa da Dinamarca afirmou que a ação foi executada por um “ator profissional”, mas provavelmente lançada a partir do próprio território dinamarquês.
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Com informações de BBC News