Washington (20.set.2025) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (20) uma proclamação que eleva para US$ 100.000 a taxa de solicitação de novos vistos H-1B, substituindo o atual valor de US$ 215 cobrado no registro inicial do sorteio.
O visto H-1B permite que empresas norte-americanas contratem profissionais estrangeiros altamente qualificados em áreas como tecnologia da informação, engenharia, matemática e medicina. O programa concede anualmente 65 mil vistos, além de outras 20 mil autorizações reservadas a estrangeiros com título de mestrado ou doutorado obtido em universidades dos EUA. A seleção é feita por meio de loteria, os vistos têm validade inicial de três anos e podem ser estendidos ou convertidos em green card.
Ao justificar a medida, a Casa Branca declarou querer coibir “abusos generalizados” que, segundo o governo, estariam substituindo trabalhadores norte-americanos. Dados divulgados pelo Executivo apontam que a participação de titulares de H-1B no setor de TI subiu de 32% em 2003 para mais de 65% atualmente, enquanto o desemprego entre recém-formados em ciência da computação chegou a 6,1%.
Reação do Vale do Silício
Líderes de tecnologia criticaram a decisão e alertaram para a possibilidade de fuga de talentos para países com regras mais flexíveis. Amazon, Google e Microsoft orientaram funcionários que possuem visto H-1B a evitarem viagens internacionais, recomendando que permaneçam nos Estados Unidos.
Histórico de grandes nomes
O programa foi crucial para trajetórias empresariais de destaque. Elon Musk trabalhou inicialmente no país com visto H-1B antes de fundar empresas como SpaceX e Tesla. O brasileiro Mike Krieger, cofundador do Instagram, também iniciou sua carreira nos EUA com o mesmo tipo de visto enquanto atuava na startup Meebo.
Outros pontos da proclamação
O texto prevê isenções caso a concessão seja considerada de interesse nacional e determina que o Departamento do Trabalho revise as exigências salariais para impedir que empresas paguem menos a estrangeiros do que a profissionais locais. Como exemplo de suposto mau uso do programa, o governo citou uma companhia – não identificada – que obteve aprovação para 5.189 trabalhadores com H-1B no atual ano fiscal e, simultaneamente, cortou cerca de 16 mil empregos nos EUA.
Palavras-chave: visto H-1B, Donald Trump, imigração, taxa, tecnologia, Vale do Silício, Elon Musk, Mike Krieger, emprego, Estados Unidos
Com informações de TechCrunch