Groww prepara IPO bilionário na Índia após retorno de sede dos EUA

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Bangalore (Índia) – A corretora digital Groww, maior plataforma de investimentos de varejo do país, protocolou pedido para abrir capital na Bolsa indiana ainda este ano, em uma oferta que pode avaliá-la em cerca de US$ 9 bilhões.

A operação marca o primeiro IPO de uma startup que repatriou sua sede dos Estados Unidos para a Índia. Em 2024, a companhia transferiu o domicílio de Delaware para Bangalore e desembolsou aproximadamente US$ 159 milhões em impostos relativos à mudança.

Venda de participação de fundos globais

Investidores institucionais — Y Combinator, Ribbit Capital e Tiger Global — planejam vender 236 milhões de ações, equivalentes a 5,6% do capital social, representando 41% dos papéis disponibilizados ao público. Já os fundadores Lalit Keshre, Harsh Jain, Neeraj Singh e Ishan Bansal ofertarão apenas 4 milhões de ações, ou 0,7% do total.

Estrutura da oferta

O prospecto preliminar prevê captação primária de 10,6 bilhões de rúpias (cerca de US$ 121 milhões) e oferta secundária de 574 milhões de ações, estimada entre 56 bilhões e 56,8 bilhões de rúpias (US$ 568 – 682 milhões). JPMorgan Chase, Kotak Mahindra Bank, Citigroup, Axis Bank e Motilal Oswal Investment Advisors coordenam a operação.

Resultados financeiros

No exercício encerrado em 31 de março, a Groww registrou receita total de 40,6 bilhões de rúpias (aproximadamente US$ 462 milhões), avanço anual de 45%, e lucro líquido de 18,2 bilhões de rúpias (cerca de US$ 208 milhões). No ano anterior, a empresa havia reportado prejuízo de 8 bilhões de rúpias (US$ 92 milhões), impactado pelos custos da realocação.

Base de clientes em expansão

Até junho, a plataforma mantinha 37,4 milhões de contas demat, equivalente a 19% do mercado indiano, e 12,6 milhões de clientes ativos na Bolsa Nacional (26% de participação). O aplicativo superou 100 milhões de downloads, com 17 milhões de planos de investimento sistemático (SIPs) ativos e 9 milhões de investidores únicos em fundos mútuos.

Tendência de retorno ao país

Outras startups que voltaram a ter sede na Índia incluem Pine Labs, Razorpay, Meesho e Zepto. PhonePe, apoiada pelo Walmart, completou a transferência em 2022, enquanto a controlada Flipkart anunciou plano semelhante este ano. A repatriação permite adequação às normas locais e facilita futuros acessos ao mercado acionário doméstico, impulsionado pelo crescimento do investidor de varejo.

Palavras-chave: Groww, IPO, fintech, corretora, Índia, investidores, Satya Nadella, Y Combinator, mercado de capitais, startups

Com informações de TechCrunch

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