São Paulo, 17 de setembro de 2025 – A Índia tornou-se o principal mercado do Nano Banana, nome popular do modelo Gemini 2.5 Flash Image do Google, apenas um mês após o lançamento global. Dados apresentados por David Sharon, líder de geração multimodal para o aplicativo Gemini na Google DeepMind, apontam que o país ocupa a primeira posição em volume de uso e impulsionou o app ao topo das listas gratuitas da App Store e do Google Play.
Adesão em larga escala
Entre janeiro e agosto, o aplicativo registrou média de 1,9 milhão de downloads mensais na Índia – 55% acima dos Estados Unidos – e respondeu por 16,6% das instalações globais no período, segundo a consultoria Appfigures. O total acumulado chegou a 15,2 milhões de downloads, ante 9,8 milhões nos EUA.
A atualização que liberou o Nano Banana, em 1.º de setembro, acelerou ainda mais a adoção. Naquela data, o app somou 55 mil instalações diárias nas duas lojas; em 13 de setembro, o pico alcançou 414 mil downloads, alta de 667%. Desde 10 de setembro o Gemini ocupa o primeiro lugar geral na App Store e, desde 12 de setembro, no Google Play.
Tendências criativas locais
O Google observa usos “únicos e inesperados” do modelo na Índia. Entre eles estão retratos retrô inspirados em Bollywood dos anos 1990, montagens de usuários em trajes tradicionais (apelidadas de “AI saree”) e selfies diante de monumentos estrangeiros, como o Big Ben. Há ainda criações que transformam objetos, simulam viagens no tempo e convertem fotos em selos vintage ou imagens em preto-e-branco.
Outro destaque é a tendência “figurine”, que reproduz miniaturas dos usuários e ganhou projeção mundial depois de viralizar no país. Indianos também utilizam o modelo de vídeo Veo 3, disponível no Gemini, para animar fotos antigas de avós e bisavós.
Monetização e gastos in-app
Apesar da liderança em downloads, a Índia responde por 1,5% do gasto global estimado no iOS: US$ 95 mil dos US$ 6,4 milhões contabilizados desde o lançamento. Mesmo assim, apresentou crescimento de 18% nas compras entre 1.º e 16 de setembro, superando a expansão mundial de 11% e o avanço inferior a 1% nos EUA.

Imagem: Internet
Preocupações com privacidade
A popularidade do Nano Banana também levanta alertas sobre o envio de fotos pessoais. De acordo com Sharon, o Google marca todas as imagens geradas com um watermark visível em formato de diamante e insere um identificador oculto via SynthID. A empresa testa uma plataforma de detecção com pesquisadores e promete disponibilizar uma versão pública que permita verificar se um conteúdo foi criado por IA.
“Ainda estamos no primeiro dia e aprendendo”, afirmou o executivo, reforçando que o feedback de usuários, imprensa e especialistas é essencial para aprimorar o serviço.
Com informações de TechCrunch
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