Sana, 3 horas atrás – A Força Aérea de Israel lançou, nesta quinta-feira (19), o que classificou como seu “ataque mais poderoso” no Iêmen, atingindo instalações do movimento houthi em Sana. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), dezenas de aeronaves bombardearam estruturas ligadas aos serviços de segurança, inteligência e comando militar dos rebeldes.
O Ministério da Saúde administrado pelos houthis condenou a ação, que chamou de “crime brutal”, afirmando que prédios residenciais e instalações civis foram atingidos. O órgão informou oito mortos e 142 feridos, com equipes de resgate ainda procurando vítimas sob os escombros.
Alvos e justificativa
De acordo com comunicado israelense, foram destruidos o Quartel-general do Estado-Maior houthi, complexos de segurança e inteligência, o “centro de relações públicas militares” e depósitos de armas. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, escreveu na rede X que seu país aplicou “um golpe poderoso contra vários alvos terroristas da organização houthi”.
O ataque ocorreu momentos antes de a emissora Al-Masirah, controlada pelos houthis, iniciar discurso de seu líder, Abdul Malik al-Houthi. A TV relatou bombardeios em áreas residenciais dos distritos de Maain e Sabaeen, além da estação elétrica de Dhahban. Imagens divulgadas mostram densas colunas de fumaça negra sobre pelo menos três pontos da cidade.
Retaliação após drones em Eilat
A ofensiva veio um dia depois de um ataque de drone houthi ferir 22 pessoas, duas em estado grave, na estância israelense de Eilat, no Mar Vermelho. Investigação preliminar da IDF apontou que o artefato, lançado do Iêmen, foi detectado tardiamente; tentativas de interceptação pelo sistema Iron Dome falharam, problema que, segundo o Exército, já foi corrigido.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro de 2023, os houthis – que controlam grande parte do noroeste iemenita há dez anos – intensificaram ataques com mísseis e drones contra Israel e embarcações no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, dizendo agir em apoio aos palestinos. Israel afirma ter interceptado mais de 98% desses dispositivos.
Antecedentes de violência
Em 10 de setembro, bombardeios israelenses em Sana e na província de Al-Jawf mataram 35 pessoas, segundo o mesmo Ministério da Saúde houthi. A organização Committee to Protect Journalists (CPJ) informou que 31 profissionais de imprensa estavam entre as vítimas, classificando o episódio como o ataque mais letal contra jornalistas em 16 anos.
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Com informações de BBC News