A Paramount Pictures criticou publicamente a carta aberta do movimento Film Workers for Palestine, assinada por mais de 1,2 mil profissionais da indústria audiovisual, entre eles os atores Joaquin Phoenix e Emma Stone. O documento propõe boicotar festivais, salas de cinema, emissoras e estúdios israelenses enquanto durar o conflito em Gaza.
Em comunicado divulgado pela diretora de comunicações da companhia, Melissa Zukerman, o estúdio afirmou que acredita “no poder da narrativa para conectar e inspirar pessoas, promover entendimento mútuo e preservar os momentos, ideias e eventos que moldam o mundo que compartilhamos”. A nota prossegue: “Não concordamos com os recentes esforços de boicote a cineastas israelenses. Silenciar artistas com base em sua nacionalidade não avança a causa da paz. A indústria global do entretenimento deve incentivar que histórias sejam contadas e ideias, compartilhadas. Precisamos de mais engajamento e comunicação — não menos”.
A Paramount é o primeiro grande estúdio de Hollywood a se posicionar contra a iniciativa. Inspirada no movimento Filmmakers United Against Apartheid, de 1987, a carta dos trabalhadores de cinema pró-Palestina declara: “Prometemos não exibir nossos filmes, aparecer em pessoa ou colaborar de qualquer forma com instituições cinematográficas israelenses cúmplices do genocídio”. O texto cita como exemplos de cumplicidade a veiculação de discursos que “suavizam ou justificam o apartheid na Palestina” ou a assinatura de parcerias com o governo israelense.
Entre os diretores que aderiram ao boicote estão Adam McKay (A Grande Aposta), Asif Kapadia (Amy), Ava DuVernay (Selma), Joshua Oppenheimer (O Ato de Matar), Lukas Dhont (Close), Boots Riley (Desculpe te Incomodar) e Yorgos Lanthimos (A Favorita). O grupo de atores engloba nomes como Mark Ruffalo, Javier Bardem, Riz Ahmed, Susan Sarandon, Olivia Colman, Lily Gladstone, Elliot Page e Cynthia Nixon, além dos já citados Phoenix e Stone.

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Com informações de Omelete