Manchester (ING), 12 set. 2025 – O dérbi entre Manchester United e Manchester City, marcado para domingo no Etihad Stadium, reunirá pela primeira vez em anos dois times em momentos simultaneamente negativos desde a aquisição do City pelo grupo de Abu Dhabi, em 2008.
United vive instabilidade, mas ainda supera o rival na tabela
Após três rodadas da Premier League, o United soma quatro pontos, número suficiente para ficar acima do City, que perdeu duas partidas e venceu apenas uma – cenário ocorrido apenas uma vez com um futuro campeão na história da liga.
O técnico Ruben Amorim, cujo cargo já foi colocado em dúvida, permanece no comando graças, em parte, a um pênalti convertido por Bruno Fernandes aos 97 minutos na vitória por 3 a 2 sobre o Burnley, considerado o favorito ao rebaixamento. Antes, o time caiu nos pênaltis para o Grimsby Town, da quarta divisão, pela Copa da Liga, e estreou no campeonato com derrota para o Arsenal e empate em 1 a 1 com o Fulham, definido por gol contra de Rodrigo Muniz.
Grande contratação da temporada, o esloveno Benjamin Sesko, adquirido por 76,5 milhões de libras, ainda não foi titular na liga.
City repete problemas defensivos da temporada passada
De volta após romper o ligamento cruzado anterior em 2024, o atual vencedor da Bola de Ouro, Rodri, cauteriza expectativas: “Não sou Messi. Não vou voltar e fazer o time vencer sem parar”, declarou.
O City permite em média 1,3 gol e 22 toques adversários em sua área por jogo, índices piores que em qualquer um dos sete anos anteriores. Reforços como Rayan Cherki, Tijjani Reijnders e Rayan Aït-Nouri melhoram a posse, mas pouco alteram a fragilidade defensiva identificada desde a lesão de Rodri, há quase um ano. As três partidas iniciais foram contra adversários que terminaram em 8º, 16º e 17º lugares em 2024/25.
Maré baixa histórica nos índices de desempenho
Medição de pontos por jogo em janelas de dez meses mostra o United no patamar mais baixo desde o início da Premier League, superando inclusive o declínio pós-aposentadoria de Sir Alex Ferguson, em 2013. Sob Amorim, a curva segue descendente desde a chegada do treinador.
Já o City apresenta o pior índice desde a primeira temporada de Pep Guardiola, em 2016. Após três títulos consecutivos entre 2022 e 2024, a equipe não conseguiu recuperar o padrão anterior à pandemia.
Números que explicam a crise
- United: 58 finalizações em três jogos – 14 a mais que qualquer outro time –, mas apenas quatro gols marcados.
- City: média de 1,3 gol sofrido e 1,3 xG contra por partida, apesar de calendário acessível.
- Cotações: projeções de mercado colocam o City como terceira força na corrida pelo título, atrás de Liverpool e Arsenal; United subiu de 59 para 60 pontos previstos.
Mesmo com desempenhos distantes do auge recente, o clássico deste fim de semana pode indicar qual lado de Manchester encontrará soluções primeiro para sair da atual fase de baixa.
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Com informações de ESPN