PL recorre contra veto a Eduardo Bolsonaro e acusa Hugo Motta de descumprir acordo

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Brasília — O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou nesta terça-feira (22) um recurso contra a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vetou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da Minoria.

O recurso foi assinado também pela vice-líder da Minoria, Carol de Toni (PL-SC), e pelo líder da oposição, Sanderson Zucco (PL-RS). Sóstenes afirmou que a indicação tinha sido comunicada previamente a Motta e sugeriu que o veto ocorreu após a aplicação da Lei Magnitsky à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Recebi uma ligação do presidente Motta dizendo que não poderia manter o compromisso, porque o tom ficou muito acima da média”, disse Sóstenes. Para ele, a mudança seria “retaliação” pelo episódio que envolveu a família de Moraes.

Argumentos do PL

Carol de Toni defendeu que a escolha do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro atende ao Regimento Interno da Câmara. Segundo a deputada, a justificativa técnica de falta de presença física não procede, já que, desde a pandemia, parlamentares podem atuar remotamente por meio do sistema InfoLeg.

Zucco, por sua vez, rejeitou a tese de que Eduardo tenha influenciado sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. “Não se pode crer que um deputado defina políticas do Estado norte-americano”, declarou.

Ausências e risco de cassação

Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos desde março, alegando perseguição política. Ele obteve licença de 120 dias, encerrada em 20 de julho, e desde então acumula faltas. Em 16 de setembro, foi indicado líder da Minoria em manobra da oposição para protegê-lo de possível perda de mandato, amparada em ato da Mesa Diretora de 2015 que dispensa líderes de registrar presença.

Sem a liderança, o deputado pode ser alvo de processo de cassação por excesso de ausências. Zucco afirmou que qualquer representação no Conselho de Ética baseada na atuação de Eduardo no exterior seria equivocada.

Palavras-chave: Eduardo Bolsonaro, PL, Hugo Motta, Câmara, liderança da Minoria, Lei Magnitsky, STF, ausência parlamentar, recurso, oposição

Com informações de Gazeta do Povo

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