O governo de Portugal anunciou que oficializará o reconhecimento do Estado da Palestina no domingo (15). O comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros foi divulgado às vésperas da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, que começa na terça-feira, em Nova York.
Com a decisão, Portugal soma-se a outros países ocidentais que avaliam mudar de posição em meio ao conflito na Faixa de Gaza. França, Reino Unido, Canadá e Austrália preparam declarações semelhantes.
Israel criticou a iniciativa. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a medida “recompensa o terror”, em referência ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 contra o sul de Israel.
Os Estados Unidos, principal aliado israelense, reiteraram o mesmo argumento. O ex-presidente Donald Trump, durante visita de Estado ao Reino Unido nesta semana, declarou ao lado do primeiro-ministro britânico Sir Keir Starmer que discorda do reconhecimento palestino.
Hoje, cerca de 75% dos 193 Estados-membros da ONU já reconhecem a Palestina, que obteve em 2012 o status de Estado observador não membro na organização.
No terreno, tanques e tropas israelenses continuam avançando sobre a Cidade de Gaza, operação que tem provocado o deslocamento de milhares de civis. A ofensiva foi lançada após o ataque liderado pelo Hamas em 2023, que deixou aproximadamente 1.200 mortos e 251 sequestrados em Israel.

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Desde então, ao menos 65.141 pessoas foram mortas em ações militares israelenses no enclave, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
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Com informações de BBC News