O Senado dos Estados Unidos aprovou na segunda-feira (data local) a indicação de Stephen Miran, atual presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, para o Conselho de Governadores do Federal Reserve. A confirmação ocorreu por margem apertada, 48 votos a 47.
Miran torna-se o primeiro integrante em exercício do governo a assumir assento no colegiado do banco central desde a reestruturação da instituição na década de 1930. Ele participará já nesta semana da reunião que poderá reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, passando a compor o grupo de 12 dirigentes com direito a voto.
Defensor das tarifas comerciais impostas pela administração Donald Trump, o economista sustenta que os tributos sobre importações não pressionarão a inflação e que medidas como restrições migratórias podem diminuir a demanda por moradia e, consequentemente, os preços.
A tramitação da indicação levou apenas algumas semanas, período bem inferior ao usual para novos diretores do Fed. Durante o debate, a senadora democrata Elizabeth Warren alertou que Miran poderia ser visto como “marionete” do governo, colocando em xeque a independência da autoridade monetária.
O presidente Donald Trump vem pressionando o Fed por cortes mais agressivos nos juros e tem criticado publicamente o presidente do banco central, Jerome Powell, a quem chamou de “cabeça-dura” e “atrasado”.
A votação ocorre enquanto a Casa Branca tenta destituir a governadora Lisa Cook, primeira mulher negra no cargo, sob alegações de fraude hipotecária. Cook nega as acusações e processa o governo para permanecer no posto. Na segunda-feira, um tribunal de apelações manteve decisão que impede, por ora, sua remoção.

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O governo também conduz investigações de suposta fraude imobiliária contra o senador Adam Schiff e a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, ambos críticos declarados do presidente.
Palavras-chave: Stephen Miran, Reserva Federal, Donald Trump, Senado dos EUA, taxa de juros, Conselho de Governadores, Jerome Powell, Elizabeth Warren, Lisa Cook, política monetária
Com informações de BBC News