A Alphabet informou ao deputado norte-americano Jim Jordan (R-OH) que o YouTube voltará a aceitar criadores cujos canais foram encerrados por violações repetidas das antigas políticas de desinformação sobre COVID-19 e integridade eleitoral.
Em carta encaminhada na terça-feira (24), o consultor jurídico da empresa, Daniel F. Donovan, declarou que a plataforma “oferecerá uma oportunidade para todos os criadores retornarem” caso tenham sido banidos com base em normas que “já não estão em vigor”. Segundo o documento, a medida reflete o compromisso do serviço com a liberdade de expressão e o reconhecimento do alcance de vozes conservadoras no debate público.
A correspondência responde a uma intimação de Jordan, que investiga se o governo Biden-Harris pressionou empresas de tecnologia a suprimir discursos.
Contexto das suspensões
No início da pandemia, redes como YouTube, Facebook e Twitter barraram conteúdos que propagassem informações médicas falsas, como alegações infundadas de que vacinas causam câncer. Após a eleição presidencial de 2020, essas plataformas também removeram publicações que afirmavam, sem provas, que a vitória de Joe Biden fora obtida de forma fraudulenta. O Twitter, antes de ser adquirido por Elon Musk, suspendeu cerca de 70 mil perfis ligados a teorias conspiratórias do QAnon na semana seguinte aos distúrbios de 6 de janeiro de 2021.
À medida que se aproximava o pleito de 2024, parte dessas regras foi flexibilizada. O YouTube, por exemplo, restaurou os perfis do ex-presidente Donald Trump e de Robert F. Kennedy Jr., então secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.
Nova política de reintegração
Com a mudança anunciada agora, todos os criadores afetados pelas antigas diretrizes poderão solicitar retorno. “A dependência de autoridades de saúde foi bem-intencionada, mas nunca deveria ter ocorrido à custa do debate público”, afirmou a Alphabet na carta.
Procurado, o YouTube não comentou até o fechamento desta edição.
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Com informações de TechCrunch